sábado, 29 de maio de 2010

A Saga do Ventilador



Era uma vez, um ventilador... Um ventilador normal, como os outros. Certo dia, ele é comprado da loja, vai para uma casa, ou melhor, um quarto, e tem como dona, eu! Uma dona sem zelo, sem cuidado com o ventilador. Esse ventilador foi branco, várias e várias vezes mamãe mandava eu ir limpar o ventilador porque tava cheio de poeira e isso iria prejudicar a minha rinite, mas como sempre, a preguiça sempre falava mais alto, e nada deu limpar o ventilador... Ele começou sujo, logo depois, sem a minha interferência, ele quebrou o botão, ou seja, não dava de mudar a velocidade, pra mudar eu tinha que pegar um alicate, e botar a maior força pra poder girar um pino que tinha sobrado que não rodava de jeito nenhum a mão. Ou seja, se estivesse no mínimo, e você estivesse morrendo de calor, querendo ficar sem lençol mais os mosquitos não deixavam. Você que se lasque, não tinha como mudar a velocidade. E quando eu criava coragem pra procurar o alicate (que eu vivia perdendo) que eu botava no máximo; você podia estar morrendo de frio, com o nariz entupido, a garganta inflamada e se desligasse o ventilador ninguém agüentava o calor, você que se lasque de novo.

O ventilador não tinha jeito...
Depois, a proteção do ventilador, a capa que ficava bem na frente, inventa de quebrar. Logo o ventilador fica sem proteção, era mesmo que você estar dormindo e quando acordar a boca tava cheio de poeira! A brincadeira era meter a mão na hélice, e ver quem era o corajoso que conseguia fazer a hélice parar de rodar com a mão. Eu até tentei amarrar a proteção mais nada

O ventilador não tinha jeito...
Um tempo depois, eu já acostumada, dormia com o lençol na cara. Pifa a tomada do ventilador, ou seja, o ventilador só ligava e desligava na tomada. Já que não tinha botão. A pior parte era você deitar na cama, tudo escuro, e quando já estiver acomodado, lembrar de ligar o ventilador, ai tem que levantar ligar a luz, procurar a tomada, e meter no interruptor, tentamos até arrumar colocar uma tomada nova, mais nada de novo.
O ventilador não tinha jeito...
Foi então, que começou a pior parte. O ventilador já sem a parte da frente, só com a de traz. A hélice tinha folgado, então quando ele rodava, a hélice batia na parte de traz que fazia uma zuada horrível! Não dava de dormir, não tínhamos paz! Era aquele “teco, teco, teco” a noite inteira! Então eu tive a idéia de cortar a parte de traz, eu esquentei a faca no fogão, e cortei. O ventilador ficou só cabeça e hélice, mais nada, nem na frente, nem atrás. Aquilo parou com a zuada, mas só por uns tempos...
O ventilador não tinha jeito...

Um tempo depois, de calma, finalmente! O ventilador cai no chão, quebra a capa que protege do motor, fica tudo a mostra, o pino em que colocava a cabeça do ventilador pra parar ou pra girar tinha quebrado, então se você quisesse pegar um vento só pra você. Tinha que seguir o ventilador porque ele não parava! Depois disso Ele pegou várias quedas, o fio partiu. Compramos outra tomada, emendamos o cabo do ventilador, com o cabo do meu abajur, e a tomada na ponta, que fez outro interruptor pro ventilador. Ate ai tudo bem, mais nada

O ventilador não tinha jeito...
Então, ele deu o seu último pau. Ele girava normal, pra direita, porque quando vinha para esquerda fazia uma zuada de tiro “Pá! Pá! Pá! Pá! Pá! Pá! Pá!” Depois de muito sofrer, e de nos fazer sofrer, depois de ser enfitado, e amarrado ao banco com um carregador velho que eu não usava mais, porque quando ele rodava, andava no banco e ia parar no chão. Minha mãe teve a brilhante idéia de comprar outro ventilador! Ela chegou à conclusão que daquele jeito um dia o ventilador iria explodir. Então compramos um ventilador novo, mais potente, com botão, e mais silencioso. E aposentamos o nosso velho ventilador, e enfim.

O ventilador teve jeito...

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